Praia do Grant - Itajuba - Barra Velha
Pensar o turismo numa racionalidade sustentável exige que se pense e aja a partir de padrões e modelos de vida que se projetem para além da lógica consumista e degradante da vida; que se engaje numa produção e desenvolvimento equilibrado e consciente dos territórios das cidades respeitando-se e valorizando-se a cultura, a sociedade, a econômica, a política e o ambiente dos lugares em suas interconexões e interdependências. É preciso andar na contramão da lógica que visa apenas o lucro e a exploração dos bens naturais e sociais, culturais. E andar na contramão requer posicionamento e (re)conhecimento dos potenciais humanos e dos ambientes de vida em termos de sua qualificação.
Como sustenta Enrique Leff (2008, p. 29), “A nova economia deve basear-se em uma articulação entre cultura e natureza, a saber, a capacidade criativa do ser humano, da produtividade cultural associada à produtividade ecológica do planeta e de cada um de seus ecossistemas [...]”, o autor continua a pontuar ideias nesse sentido, articulando aspectos da globalização e da economia de mercado a um outro processo civilizatório fundado na diversidade das economias locais. São ideias fundamentais que nos ajudam a sustentar um turismo que se fundamente nessa racionalidade, ou seja, que se volte para a relação todo-partes e parte-todo numa perspectiva integrativa e não exploratória - apenas de uso. Que valide e sustente de forma orgânica os potenciais comunitários – dos centros, das periferias, dos bairros, das vilas, dos vilarejos, das associações, dos grupos etc., de forma articulada. A partir dessa ideia introdutória e considerando que sou educador, as reflexões e pontos que levanto são com esse olhar – o olhar de um professor-educador socioambiental preocupado com os rumos de um bem-viver, bem-construir turisticamente Barra Velha, nosso espaço de vida comum.
Quando estive na Europa, ao andar pelas cidades que visitei em Portugal, França, Espanha, Inglaterra e Alemanha, sempre me fazia a mesma pergunta: o quê, nesses países e nessas cidades fazia/faz com que eles/elas sejam tão visitados/visitadas e tão repletas de turistas ao longo do ano? Que elementos da paisagem local definem o trânsito, a dinâmica de visitantes? Ao me questionar, sempre lembrando de minha cidade – Barra Velha – litoral norte de SC, comecei a olhar mais detalhadamente para os aspectos socioculturais dos lugares que visitei; me detive mais afuniladamente para as minúcias do que acontecia em cada uma das cidades nas quais estive e com as quais pude apreender alguns aspectos que, no meu entender, definiam a funcionalidade turística dos mesmos.
Pude perceber, como define Milton Santos (1997; 2006), os fixos que estão presentes na paisagem histórico-urbana que, por si, se configuram como traços característicos e que alimentam a busca por esses lugares em termos de lócus de observação, aprendizagem e descanso. A exemplo, cito os castelos que visitei na França, na Espanha, em Portugal e na Alemanha; as muitas igrejas, os palácios, as pontes históricas com suas muralhas; os muitos restaurantes e bares com a tipicidade dos lugares, com as características culinárias próprias das regiões que conotavam singularidades; os estádios de futebol; os monumentos, as estátuas, os obeliscos, as figuras emblemáticas dispostas nas praças, nas entradas, nos portões de cada cidade; as praças arborizadas, os jardins públicos; os museus de arte e de história natural, como o de Londres - Natural History Museum; as danças típicas de cada região, de cada localidade, como aquelas que assisti na Espanha ou o fado, em Portugal. A religiosidade impregnada em muitos lugares e que os fortaleciam como pontos de encontro, como espaços de experimentação do sagrado, do divino, a exemplo do Sacre Coeur e de Notre Dame, em Paris; o Santuário de Fátima, em Portugal etc. Pude constatar ainda, a atmosfera organizacional de cada lugar, onde não se podia sentir-se perdido dado à riqueza de mapas que se ofereciam nos famosos (i) – pontos de informações turísticas; as sinalizações nas ruas, avenidas, praças, e lugares de visitação – cada placa, cada sinalizador eram também, motivos de sentir-se envolvido pela harmonia, pelos detalhes dos lugares. Não posso deixar de apontar, ainda em termos de fixos, a riqueza das praças públicas – lugares fascinantes pela forma como eram/são tratadas, cuidadas, limpas – arborizadas, ajardinadas, com bancos, com lugares para jogos, para conversar; com espaços para brincar e pensar, ou seja, as praças criavam mundos dentro daqueles mundos das cidades. Muito se via de jovens, idosos e crianças aproveitando desses lugares porque ofereciam nelas, espaços para ser, para estar, para viver e conviver. As praças não se colocavam apenas como um enfeite, um arranjo da cidade, eram/são lugares de encontro, de partilha da vida.
As cidades de modo geral, pela arquitetura, pela história, pela forma de vida se configuravam como espaços para aprender e viver de forma intensa. Percebi que era preciso muito tempo para aproveitar intensamente cada detalhe desses lugares. Isso me levou a questionar ainda, como uma cidade igual a minha pode ser vista e vivida de forma tão intensa?
Além dos fixos, Milton Santos (1997; 2006) trata ainda, em relação à espacialidade, dos fluxos – elementos fluidos, que dão outras dinâmicas, outros sentidos aos espaços. Assim, pude constatar também, nesses países e nas cidades, as festas nacionais ou locais – muito comuns e algumas, incomuns como a festa da magia, saudando os mistérios da vida e da alegria, em uma cidade alemã. Em muitas cidades, por onde passei, vi que havia orquestras, bandas, coros em apresentações constantes nas ruas, nas praças, nas calçadas, nos calçadões centrais. Foi maravilhoso ouvir uma pequena orquestra de meninos em Nüremberg – Alemanha, ou uma sinfônica em apresentação noturna, em Coimbra – Portugal; as feiras com produtos locais, com a cultura local – música, teatro, dança, poesia, literatura e grupos folclóricos.
O que se percebia era que não havia um dia estipulado, uma data determinada para essas coisas acontecerem, as cidades respiravam e produziam cultura, produziam sensações de alegria, de gosto, de vontade de estar nelas, de voltar e aproveitar mais de cada recanto, cada canto e detalhes daqueles lugares. A vida fluía em cada recanto, de diferentes formas. Enfim, além de toda a beleza e cuidado com o meio natural e social, havia uma acolhida ao visitante que produzia sentidos e significados múltiplos, capazes de deixar a cidade gravada no corpo e na alma. Eu poderia pontuar outros elementos ainda, mas ao revisitar essas memórias de viajante, pensei em como elas poderiam me ajudar, enquanto educador, a pensar a sustentabilidade do turismo em minha cidade, como segue nas próximas reflexões, de forma pontual.
PRIMEIRO LANCE – TURISMO EM TEMPO INTEGRAL
Acredito que um turismo em tempo integral, em sua totalidade seja aquele praticado a partir da, na e com a força do lugar; com os potenciais socioambientais do lugar ao longo de todo o ano, de modo que a cidade se sustente, se mantenha, se configure como um espaço de trocas econômicopolíticas contínuas, ao considerar a relação turismo-sujeitos-ambientes.
Há uma prática arcaica de se fazer turismo, no meu entender, que pouco alavanca a totalidade do tempo e dos espaços de vida em um lugar, qual seja, o turismo pautado apenas nas grandes festas. Parece que é só isso que se tem a se oferecer em uma cidade, em determinado período do ano. Grandes shows, grande concentração de pessoas e num lapso de tempo tudo termina e a vida volta ao seu curso normal. Acredito que a cidade deva estar em festa o tempo todo, deva estar mobilizando suas forças na integralidade, ou seja, de forma contínua. Para isso, é fundamental que se olhe para suas minúcias, para seus detalhes, para suas belezas e riquezas socioculturais e socioambientais.
Além do mais, é preciso que se entenda a cidade como um território educador, como um espaço de aprendizagens e trocas constantes, o que ajudará a fortalecer o trânsito de pessoas, visitantes e interessados em suas peculiaridades. Se voltarmos às ideias de fixos e fluxos, poderíamos pensar em quantas praças, quantos pontos de encontro, diálogo, lazer e descanso encontramos em Barra Velha? Quais são e como estão e onde estão? Nessa perspectiva é preciso que se pense a cidade como um corpo em sua inteireza – cada bairro, cada comunidade, cada localidade é e deve se configurar como espaços de atração e de visitação contínua. Como esses lugares estão organizados para receber turistas e visitantes?
Parece que, em muitas vezes a lógica é apenas aquela que se foca no centro e nas praias, impedindo um olhar para a complexidade, para a organicidade de todo o sistema socioambiental do lugar que é nossa Barra Velha. Pensemos, por exemplo, nos pontos socioculturais e históricos – que beleza seria termos a casa construída com fibra de palmito, transformada num museu e dar destaque, dar ênfase a isso (mas parece que falta esforço político), revitalizar e empoderar o porto das canoas – lugar único, singular com as marcas dos açorianos, mas que mais se parece com um espaço que atrapalha a passagem do asfalto e da ganância pelo lucro. Talvez produzisse mais lucro e mais riqueza se houvesse ali todo um cuidado com a preservação e a conservação da cultura, dos traços históricos etc. Seria maravilhoso se a arquitetura e o planejamento urbano valorizassem, naquele lugar, a construção de um rancho dos pescadores em perfil/modelo artesanal, não o modelo das selvas de pedras modernas (que nada tem de rancho); um espaço para mostrar como se fazia a rede de fios do tucum, enfim, que encantamento produzimos nos visitantes que chegam de longe ou de perto?
As festas são sempre transitórias, fluxos. A beleza cultural é fixo, é integral. As muitas localidades do município apresentam características peculiares, riquezas e valores que deveriam ser potencializadas numa política de turismo integral – rural-urbano-natural. Criar pontes e espaços de visitação com atrações permanentes – as feiras dos agricultores, as apresentações artísticas, a revitalização dos traços que configuram o povo de Barra Velha – o cordel, o boi de mamão, as danças açorianas, o divino, o São Gonçalo, os engenhos de farinha, a pesca, a indústria artesanal etc.
É fundamental que se olhe para o conjunto e associado a ele, se coloquem, se disponha para a população outros atrativos como os shows, as festas, os eventos – gastronômicos, científicos, políticos, culturais – produzir um calendário integral de um turismo de e em tempo integral. E nesse sentido, quero ainda destacar, que um turismo nessa perspectiva, procura olhar para o potencial crítico e criativo da população, do povo, das muitas gentes da cidade, do território habitado. Voltar o olhar para a força da juventude, dos idosos, das pessoas que produzem cultura, que investem tempo e vontade na organização de outros espaços de atração e de mobilização do turismo, qualificando suas vidas e seus lugares de vida. Uma prática turística sustentável não deve focar-se apenas no lucro imediato de alguns poucos, mas na qualificação da vida de todos os habitantes na totalidade do território turístico.
Como os detalhes, as particularidades, as propriedades específicas do que é Barra Velha estão ou podem estar projetadas num cronograma de tempo integral de um turismo sustentável? Isso é um desafio que se traça, uma meta – pensar Barra Velha como espaço-tempo integral e dinâmico em sua sustentabilidade turística. É uma opção e uma escolha. Talvez se queira a cidade com tudo o que ela apresenta de riqueza/beleza, apenas como um espaço-lugar para os tempos da aposentadoria. Aí é preciso que se coloque a cidade numa outra racionalidade, outra perspectiva de vida. No entanto, se ela é concebida como um espaço-tempo onde se estabelecem as múltiplas conexões entre tempos e espaços de vida diversos é preciso que ela se desenvolva dinamizando-se e projetando-se de modo interdependente. Isso nos leva para o segundo lance.
SEGUNDO LANCE – TURISMO EM TEMPO DE VERANEIO
O verão, por si, já é um tempo que marca muitos momentos, muitos outros tempos – o das férias, dos encontros, do descanso, da alegria de poder sair, viajar, ir para outros lugares; tempo de ampliar os recursos financeiros, os ganhos etc. É uma constância de muitas intencionalidades e ações que se desenvolve em um período curto – não é verão para sempre. E isso nos leva a pensar e questionar – como fazer desse tempo, um tempo intenso de vida e de aproveitamento consciente e responsável para todo o conjunto da cidade, para toda a territorialidade do município? É nesse tempo que se refletem o que muito se fez ou não, em outros tempos, por exemplo, o preparo dos hotéis, das pousadas, das avenidas, das calçadas, das ruas, das passarelas, do comércio, das atrações, da acolhida, da receptividade etc.
Quem visita uma cidade, ainda mais uma cidade como a nossa, quer não só se distanciar, por um tempo, dos espaços onde vive cotidianamente; quer também viver novas experiências, mas com proteção, com cuidado, com surpresas positivas. Por isso, o tratamento cuidadoso e respeitável é fundamental e quando se chega nessa época, principalmente em nossa cidade, mais se descobre o que não se pode fazer do que o quê se pode fazer e vivenciar.
Como está qualificado o trabalho, os serviços e tudo o quê a nossa cidade oferece? E, além de tudo o quê ela oferece, o quê ainda pode oferecer ao turista, ao visitante? Como seus espaços-lugares podem ser melhorados, organizados, enriquecidos para que aqueles que os visitam voltem e se encantem com a cidade? É preciso produzir encantamento. Gosto e desejo de volta. É preciso produzir sonho. O verão é um tempo de se produzir novas perspectivas, novas possibilidades de vida e a cidade que acolhe o visitante é responsável por ajudar nessa produção – fazer ou empoderar os sonhos daqueles que tocam nosso solo, nosso chão, nossa terra. Assim, no verão, temos que ter espaços para os parques, para as aventuras, para os passeios, para as descobertas; espaços guiados e com orientações, com sinalizações, com ampla infraestrutura que assegure estar naquele momento e naquele lugar sem incômodos, sem interferências negativas.
O tempo do verão é um tempo para que se possa produzir, nos sujeitos, nas pessoas, vontade de retorno ao invés de negação e desdenho. Sabe aquele prato inigualável que você experimenta e diz para si mesmo “eu quero mais um pouco”? É isso, é preciso produzir esse mais um pouco. Acredito que já temos condições de avançar para além da ideia de que Barra Velha é apenas uma cidade transitória – por onde passam aqueles que vão para outros recantos do litoral sul.
Muito pelo contrário, somos o norte, mas também o sul e se temos oferta, se temos condições, se temos uma organização que produz desejo de permanecer, o transitório se estende para o “quero mais um pouco”, para ficar mais e demorar-se. A lógica do transitório, do lugar de passagem desqualifica, coloca nossa cidade numa perspectiva de pouco necessária. Por isso, no verão, a comida, a dança, a música, a festa, o jogo, o circo, a poesia, a arte, as luzes, as praças, os parques, os mapas, os sinalizadores, os acolhedores, os indicadores, o dia e a noite se interpenetram, se complementam ao complementar a vida daqueles que nos visitam.
Enquanto geógrafo diria que um bom mapa turístico e um responsável planejamento estrutural não permitirão que as pessoas se percam, ao contrário, por se acharem, ajudarão a outros se encontrarem nos muitos lugares do lugar que é Barra Velha. Essa cidade tem força e tem gente que quer mostrar o que pode e como pode, o que faz e como faz, o que deseja fazer e como deseja fazer, mas para isso é preciso ir ao encontro delas, é preciso redescobrir a própria cidade.
TERCEIRO LANCE – TURISMO EM TEMPOS INTERSTICIAIS
Os interstícios são pequenos espaços/intervalos de tempo. São fendas abertas na totalidade do tempo. E isso é um aspecto importante e interessante se pensarmos que um turismo sustentável pode e poderá/deverá contribuir para que, além dos tempos de pique, dos tempos de alta concentração, dos tempos onde se detectam maior mobilidade de pessoas e de visitantes, se pense nos intervalos bimestrais, trimestrais, semestrais ou outros ainda, em escalas menores.
Aqui nos cabe perguntar, como aquilo que é próprio do lugar pode sustentar sua força e desenvolvê-la ainda mais? Que estratégias possibilitam uma relação de forças entre a escala local e a global? Por exemplo, é fundamental que se tenham espaços para eventos como apresentações teatrais, convenções, amostras de arte, cinema, dança; que haja espaço para noites culturais, encontros entre jovens, assembléias etc.; fertilizar a música local, a dança local associada aos eventos globais – feiras, encontros de empresários, movimentos de estudantes, de grupos folclóricos etc.
A cidade precisa abrir-se e buscar o diálogo com outras instâncias para que esses tempos intersticiais se coloquem, se façam presentes no calendário integral da proposta turística da cidade e, em sua totalidade, do município. Como bem pontua Milton Santos (idem), tempos e espaços são inseparáveis, por isso, numa racionalidade sustentável, não se pode pensar o turismo somente nos macrotempos, nos grandes momentos de pique, de movimento, de trânsito entre cidades litorâneas que se comunicam pelo veraneio dado a sua riqueza natural.
É fundamental que se produzam dinâmicas e ações, metas, objetivos voltados a uma valorização dos muitos tempos turísticos ao longo do ano em uma cidade. Nossa forma de olhar e de promover ações está muito direcionada aos grandes eventos, às grandes obras, aos grandes movimentos. Nos esquecemos de olhar para os detalhes, para as minúcias, para as particularidades, para a singularidade dos lugares e das pessoas. Pensar a cidade numa ecologia da ação e dos tempos nos ajudaria a desenvolvê-la de forma mais inteira, mais integral e menos parcelar, menos fragmentada.
O quê é único em Barra Velha que faz com que as pessoas queiram estar nela? O quê a faz diferente? O quê a torna diferente de tudo o que já se viu e experimentou em termos de estada em outros territórios, em outros contextos? Quando começarmos a olhar para isso e potencializarmos tal redescoberta, colocaremos nossa cidade no lugar que ela merece. Porém, para que isso aconteça, é fundamental que a mesma seja educada para e pela sustentabilidade.
Uma cidade aprendente, um território educador é um lócus, um espaço onde os sujeitos convivem cotidianamente com respeito, cuidado e ética; com o auto-heterocompromisso de fazer-se mais ao fazer o outros serem mais. A valorização do território turístico passa pela valorização e potencialização dos sujeitos, das pessoas que o constroem, o produzem constantemente. Tal opção em termos de uma produção sustentável do turismo local requer decisão política, escolha consciente e prudente de desenvolvimento de um conjunto de ações que estejam equilibradas quanto à viabilidade social, econômica, cultural e ambiental (físico-natural). E isso não é discurso, é opção de vida. Enquanto as políticas forem aquelas de brigas de comadres onde cada um defende seu assado, muito pouco se fará para um desenvolvimento sustentável equilibrado e que qualifique o lugar, a cidade e a vida em todas as suas dimensões. Uma política saudável de turismo produz o gosto, a vontade, o desejo de querer mais.
NOGUEIRA, Valdir.
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