sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

BARRA VELHA: NOSSO LUGAR-NAÇÃO, NOSSA COMUNIDADE DE DESTINO


        A nação é o que nos une, o que nos dá identidade de grupo, de povo; o que nos presentifica em sentido de cosnciência nacional numa perspectiva cidadã e democrática. A nação está representada, pelo território nacional (SANTOS, 2006), por um espaço próprio de cada nacionalidade. Ao se tratar de um projeto de mundo, de sociedade, nos dia de hoje, por exemplo, deve-se pensar na direção de um projeto-mundo nacional no e com o qual o sujeitos-cidadãos possam se ver enquanto pertencentes a um dado lugar, a um dado território (SANTOS, 2007), a um espaço comum que lhes assegure os direitos e os responsabilize, os comprometa com os seus deveres enquanto grupo-nação.
            Uma nação, em sua constituição complexa e multidimensional se caracteriza, especificamente, pelos modos de ser e se constituir ao mesmo tempo, pelo território, pela política (enquanto modo de agenciamento), pela cultura, pela história, pela mística etc. Conforme entende Morin (2001a, p. 66), “A nação é uma sociedade, em suas relações e interesses, competições, rivalidades, ambições, conflitos sociais e politicos. Mas é igualmente, uma comunidade de identidade, uma comunidade de atitudes [...]”. Nesse contexto, ainda segundo Morin, a nação pode ser entendida como uma comunidade de destino, a terra-pátria (MORIN, 2001b; 2002) na qual se unem os sujeitos em sua diversidade étnica, cultural, social; é a comunidade na qual se integram os diferentes modos de ser e existir, de sonhar, de potencializar a craitividade, a ousadia e as lutas de um povo.
            A principal caracteristica de uma nação está no vínculo que une os indivíduos em torno de convicções comuns ou ainda, no sentido de se construir uma vivência sadia, ética e responsável enquanto coletividade. Por isso, os valores nacionais sao fundamentais, principalmente aqueles pautados no respeito, na justiça, na solidariedade, na cooperação entre outros.
            No sentido que delineio o conceito de nação, não posso deixar de pensar em sua relação ao lugar. A nação nasce de um lócus, de um dado contexto e, nessa direção, destaca-se o valor-lugar, ou seja, o significado que se dá aos espaços micro e macrosociais, por exemplo, o espaço ou território de uma cidade. A nação enquanto conjunto representativo de um Estado ou país está enraizada nos mais diferentes espaços caracterizados pelos muncípios, pelas cidades.
            Por isso, é fundamental que se entenda que, enquanto unidade singular, a cidade exerce influência determinante na constituição do todo. Desse modo, entende-se que o que acontece, o que se faz, produz no contexto de Barra Velha – enquanto parte de uma totalidade, nas mais diferentes instâncias ou dimensões, afeta essa totalidade - o país, mesmo que isso não seja perceptivel de momento.
            O mesmo ocorre em sentido contrário - as ações do Estado, afetam de forma determinante a constituição da parte – a cidade. Nas palavras de Camargo  (2005, p.125), podemos entender que: “[...] o global e o local interconectam-se mantendo as características do local mesmo sob a influência dos processos mundiais. Cada local é uma combinação própria de eventos ligados a uma determinada forma geográfica, criando, assim, um fenômeno unitário que dá a característica própria à região ou ao lugar e que também possui a participação de fluxos externos que interferem nessa rebelião de variáveis”. Nessa direção, entendo que a forma de promover o desenvolvimento do povo e do lugar, está diretamente associada à forma como este contribui para o desenvolvimento da nação – nossa comunidade de destino. Em sintese, saliento que:

a)     a cidade é o lócus do exercicio da cidadania e da formação de uma nação eticamente responsavel e comprometida com os espaços de vida que se quer democraticamente situada;

b)     um projeto de desenvovlimento cuidadoso do lugar, alimenta em seu interior um projeto respeitoso de nação;

c)      conferir qualidade de vida ao povo, ao municipe, exige uma estrutura político-econômica pautada em valores e principios coerentes com a cultura e a história do lugar;

d)     a valorização socioambiental respeitosa do lugar é condição sine qua non para a constituição significativa da comunidade de destino – a pátria comum.


REFERÊNCIAS

CAMARGO, Luís Henrique Ramos de. A ruptura do meio ambiente: conhecendo as mudanças ambientais do planeta através de uma nova percepção da ciência: a geografia da complexidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
MORIN, Edgar. A religação dos saberes: o desafio do século XXI. 3 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. 
______. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 5 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001a.
______; KERN, Anne Brigitte. Terra-Pátria. 2 ed. Lisboa: Instituto Piaget, 2001b.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2006.
_______.O espaço do cidadão. 7ed. São Paulo: Edusp, 2007.

NOGUEIRA, Valdir. 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PILATOS LAVA AS MÃOS


    
   Impressionante o rumo que tomam muitas ações em Barra Velha. Assumir responsabilidades parece ser a atitude mais difícil que existe. Alguém fez; alguém agiu; alguém definiu caminhos, mas quem foi ninguém sabe. Há sempre um outro, um terceiro – um agente. Ou como define a psicanálise, há sempre o grande outro que age. O interessante é que em Barra Velha, esse grande outro não age em sentido de fazer o papel do advogado do diabo, pelo contrário, esse grande outro é aquele que praticou o ato, mas nunca aparece. A cena histórica narrada pelo cristianismo se repete no contexto de nossa cidade: Pilatos lava as mãos. Diante dos fatos, diante das evidências, diante do constatado in lócu, o mais fácil, o mais evidente é lavar as mãos. Não seria melhor dizer: vamos apurar os fatos, vamos ver o que, de fato, aconteceu; vamos abrir uma investigação etc.
            Dar tratamento adequado aos acontecimentos, aos eventos é uma atitude que, no mínimo, define um comportamento que reflete comprometimento, respeito e consideração pelos munícipes e demais sujeitos envolvidos com as ações que não tiveram bom êxito na cidade. A exemplo cita-se o burburinho com o caminhão de fogos que explodiu no último dia do ano de 2010 – desencadeando uma série de conseqüências e que tem resultado em justificativas que exigem, para além delas, atuação cidadã responsável com todos os envolvidos. E essa atuação requer consistência; requer cuidado e seriedade na forma de conduzir o manejo da situação ou ainda, manejo das múltiplas situações advindas dessa ocorrência: houve morte, houve prejuízos, houve contratos, houve acordos, houve negociatas etc. Até de uma bala que se ganha quando criança, uma mãe responsável exige que o filho explique de onde ela veio e quem foi o responsável por tal ação.
            Não basta dizer não somos os culpados, não temos vínculos com o fato, com o ocorrido. Uma vez que determinados eventos se desencadeiam no contexto de nossa cidade ela já não está mais imune; ela já não está fora da rede de reações desencadeada por tais eventos. Uma análise linear e cartesiana das situações leva apenas a respostas dualistas e simplificantes: ganhamos, logo, a culpa não é nossa. Para quem procura tratar o fato, o fenômeno, o evento com mais cuidado e com ética, certamente vai às causalidades, vai à complexidade das ações que apresentam multidimensões que não podem ser desconsideradas. Nesse sentido, somos todos responsáveis. Estamos envolvidos de uma forma ou de outra. No entanto, há uma força político-jurídica que pode apurar fatos e dar tratamentos adequados ao que ocorre no contexto de Barra Velha. A História nos ensina que temos que olhar para o passado para aprender com ele e isso não significa ficar condenando o passado como o culpado. Que ele nos ajude a fazer, no presente, o que não se deu conta no passado e ainda, o que pode mudar o amanhã. O presente é determinante para fazer com que Barra Velha não vá para o calvário. 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

IDENTIDADE E FORÇA DO LUGAR: TRAÇOS QUE CONFIGURAM UM DESENVOLVIMENTO POTENCIAL DE BARRA VELHA

         
            Tenho realizado estudos no campo da Geografia que remetem a discussões acerca do valor e da força do lugar. Como destaca Milton Santos (2004, p. 152), um dos mais renomados geógrafos brasileiros, o lugar “[...] é, antes de tudo, uma porção da face da terra identificada por um nome. Aquilo que torna o ‘lugar’ específico é um objeto material ou um corpo. Uma análise simples mostra que um ‘lugar’ é também um grupo de ‘objetos materiais’[...]”, mas também, imateriais.
            O lugar tem uma identidade, uma força que permite ao sujeito uma identificação no sentido de lugar-habitado, lugar pertencido. Assim, pertencemos e marcamos nosso modo de viver em determinado lugar pelas características que atribuímos a ele, pelo modo de vida que desenvolvemos, pelos aspectos socioeconômicos, políticos, ambientais e culturais que o estruturam, organizam e o diferenciam em contextos maiores (país, continente, mundo). É carregado de possibilidades e de interferências, uma vez que as interconexões se dão no nível macro, caracterizando conexões externas; mas também e, principalmente, no nível micro, pelas conexões internas localmente mobilizadas.
            É a partir dessa mobilização de forças, que se pode pensar no potencial do lugar, mediante sujeitos-agentes, em sentido de possibilidades de mudanças no nível macro, em escala mundial e planetária. O global não existe sem o local, há uma relação de interdependência, principalmente no sentido de sociedades em rede (SANTOS, 2003, 2004, 2006; CAMARGO, 2005; MOREIRA, 2006). Para isso, é preciso que se olhe o lugar em suas especificidades e singularidades.
A figura[1] a seguir expressa o pensamento-força do lugar, em suas interconexões com outros contextos, nas suas relações de construção de identidades singulares, na valorização das forças (poderes político, econômico, cultural, social, natural), sob o ponto de vista da participação dos sujeitos na sua e na comunidade global; das suas intervenções, pelo seu modo de vida e de condução dos sistemas sociopolítico, econômico e socioambiental; em suma, as dinâmicas processuais no universo de vida das pessoas, que habitam os lugares, que fazem de sua cultura própria também ser multicultura etc.


     Essas inter-relações marcam a força do lugar e estruturam sua identidade, seu potencial. Destaca-se, nesse contexto, a força das práticas políticosociais em termos de uma sustentabilidade da vida no município - as fontes de renda: a pesca, o turismo, a cultura, as dinâmicas geradas pelo comércio, pelas características físico-sociais do lugar; pelas diferentes formas de vida do povo que constitui a sua identidade histórico-cultural. Assim, é fundamental que se pense, por exemplo, nas peculiaridades do município, naquilo que ele tem de singular, em seus diferenciais em relação a outras realidades, outras localidades. Uma gestão que se quer comprometida com o lugar, potencializa em suas estruturas, em suas políticas, em seus projetos, essa identidade singular, esse modo de ser do lugar que, embora apresente semelhanças a outras realidades, é único. E é essa unicidade que deve ser valorizada.
            Uma gestão voltada ao desenvolvimento sustentável do lugar em suas dimensões sociocultural, sociopolítico, socioeconômico, requer em princípio que se valorize o potencial critico e criativo de seu povo, a participação democrática e a preparação para essa participação; requer que se potencialize o conjunto composto pela diversidade e, com ela, a multiculturalidade de modo que a diferença não seja negada na pseudo-igualdade; que busque articular os discursos e a construção de práticas socioeducativas em sentido de se fazer uma gestão democrática e dialógica, haja vista que em um sistema as partes não se negam, nem se excluem, mas são complementares. Nesse sentido, cabe destacar a importância da participação de Ongs, conselhos, entidades sociais, filantrópicas, clubes, educação formal e não-formal, internautas etc. nas decisões das políticas urbanas em sentido de se potencializar o desenvolvimento local.  
            Uma gestão-força do e no lugar, desenvolve processos e propostas políticas articuladas, conectadas às múltiplas redes que compõem os muitos lugares do lugar (comércios, praças, parques naturais, pontos turísticos, instituições etc.) e estes, por sua vez, devem traduzir nessas interconexões, os projetos de sociedade, de homem, de mundo, de cultura, de modo de vida que se quer desenvolver, construir no lugar. A força do lugar dá força ao sentido de se viver bem, ou do bem viver, como acontece em algumas cidades européias[2]. Um sentido marcado pelo valor jurídico-político das formas como se pensam, projetam e praticam os atos administrativos.
            Assim, uma cidade com identidade própria, porque é originaria de um lugar pertencido e identificado com as marcas de povo, serve e deve servir de modelo, de base para outras realidades. Isto porque tal perspectiva de gestão, ao valorizar a força do lugar, na dimensão de um sistema, sustenta-se em um conjunto de leis e de políticas que lhe são referenciais, que lhe são suporte para que se desenvolva ao desenvolver o lugar. Um lugar onde praças, parques, construções, monumentos, espaços públicos de modo geral são preservados, conservados marca a identidade de um povo, a sua cultura, o seu modo de vida e mostra a efetividade do papel da gestão nessa realidade.
A gestão qualificada e voltada ao bem comum é uma força, mas não qualquer força. É mudança, mas não qualquer mudança. É história, mas não qualquer história. Como entender uma gestão pública nessa perspectiva?  Essa força mobilizadora que encoraja as pessoas, os sujeitos-cidadãos a enfrentarem o mundo e a realidade pelo que são e como são, pelo que podem e devem ser, pelo que anseiam como projeto, como vir-a-ser.
A gestão-força é carregada de sentidos e significados. Os sentidos pessoais e os significados sociais. Essa gestão-força move, provoca, desinstala as pessoas a não se conformarem, a não se ajustarem ao que se coloca como modelo, como padrão, como norma, como único meio ou caminho, como única possibilidade de vida. Ela é força porque leva as pessoas a duvidarem, a se indagarem sobre o que se vive na realidade social, o que se propõe para tal. É uma prática social que desinstala o sujeito, que o mobiliza a sair da passividade, da letargia, do silenciamento, da posição de dependente. Ela produz responsabilidade compartilhada.
Uma gestão-força caracteriza-se pela insistência, pela persistência e pela resistência. Insistir quando se coloca que não é mais possível, quando parecem fechar portas e janelas, quando dizem que não há espaço para atuação mobilizadora, quando não se pode mais posicionar-se; o ato da insistência leva a prática da persistência. Persiste o que não desiste de ser, o que se projetou para ser, o que se sonhou ser. Persistem os projetos que tem vínculos com a vida e, por isso, se luta por eles; persistem as buscas incessantes de outros modos de vida, outras formas de se fazer e viver como prática da liberdade, como ação-transformadora, como dinâmica política.
A insistência não é alento, é força ecológica que coloca em movimento outra razão de ser dessa gestão-força, a resistência. É preciso que se saiba resistir, que se aprenda a resistir, que se lute por resistências. A resistência que marca a luta teórica, o embate criterioso, referenciado, pautado em bases científicas-cidadãs e libertárias. A resistência não se mede, mas se pratica no dia-a-dia, no cotidiano, nos espaços em que se pode e se deve agir, falar, se posicionar. Uma resistência que tem rosto, face, jeito. Que cria e perturba, que não silencia, mas enfrenta. Enfrenta até a si mesmo, aos preconceitos e as pré-concepções que neutralizam, inibem, paralisam. A gestão-força insiste, persiste e resiste, não pára, não cede, não se cala. Por isso, essa gestão-força é também, gestão-mudança. Nessa direção, algumas proposições são encaminhadas em sentido de se pensar no desenvolvimento local a partir de uma visão articulada de gestão para a sustentabilidade e qualidade da vida:

  1. ampliar, no contexto de Barra Velha, o entendimento e as propostas para atender às diversidades; singularidades que habitam e dão identidade ao espaço sociocultural, político e econômico do município;

  1. articular políticas da gestão em seus vários setores – gestão do lugar - (enquanto papel do governo municipal), de  forma que se ampliem as redes de fortalecimento do lugar;

  1. empreender, na perspectiva sistêmica, um processo de construção de propostas gestoras vinculadas aos trabalhos desenvolvidos nos vários setores sociais que compõem a rede sociocultural, econômica, política que é Barra Velha;

  1. estabelecer políticas de pesquisa e avaliação que ajudem a empoderar o desenvolvimento local na linha da sustentabilidade, em sentido de se estabelecer parcerias e co-responsabilidades no tratamento do que é próprio da identidade socioambiental do município;

  1. estabelecer diálogos entre os diferentes níveis da realidade socioeducativa do município: Escolas Estaduais, Particulares, Ongs, Associações, entre outras, com as realidades socioculturais que dão identidade ao lugar na direção de se criar cultura de pertencimento ao lugar – Barra Velha como um lugar comum, um lugar de todos;

  1. desenvolver proposta de gestão pautada na ciência, no papel basilar da teoria de forma a construir referenciais criativos e democráticos, normativos e valorativos;

  1. projetar contextualmente, a partir de padrões de referência a qualificação dos modos de ser e viver em Barra Velha (produção de felicidade interna bruta – FIB), estabelecendo-se as relações entre o local e o global.

            Essas considerações, aqui desenvolvidas, servem como justificativa e também como provocação. Mobilizar-se, mais do que um ataque pessoal ou coisa desse tipo, serve como processo de sensibilização para uma ação politicamente qualificada. É direito e dever de todo cidadão se posicionar diante do que não concorda e do que não está lhe produzindo felicidade social, cultural, política, econômica etc. A ideia lançada neste blog, parte de outras ideias já lançadas em outros blogs, outros espaços de diálogo e de democracia. Por fim, gostaria de questionar: Será que durante muito tempo não se produziu inércia ao invés de movimento nas formas de governar essa cidade? Será que não está na hora de a população tirar as vendas dos olhos e começar a se perguntar sobre o que é viver com qualidade no contexto de uma cidade que tem tudo para ser qualificada como uma cidade do bem viver, desde que se aprenda a gerir o que é público? A mobilização é um passo para a mudança e a transformação da realidade.


NOGUEIRA, Valdir. 


[1] Figura apresentada na Tese de Doutorado intitulada: Educação Geográfica e Formação da Consciência Espacial-cidadã no Ensino Fundamental: sujeitos, saberes e práticas – UFPR – Doutorado em Educação. Valdir Nogueira.
[2] Algumas cidades italianas são exemplos dessa lógica. Elas são chamadas de cidades do bem viver. Em outra direção, mas preocupada com a qualidade de vida em termos socioambientais, a Unesco, por exemplo, lançou a campanha do FIB – Felicidade Interna Bruta. Poderíamos nos questionar a partir desses dois exemplos: Nossa cidade caminha para a direção do bem viver? Quanto de Felicidade Interna Bruta tem sido possível alcançar no contexto de nosso município? Como as políticas públicas têm contribuído para isso?