sexta-feira, 24 de junho de 2011

DEZ TEMAS

PARA UM PLANEJAMENTO SOCIOAMBIENTAL RESPONSÁVEL E VOLTADO A UM BEM-VIVER EM BARRA VELHA

Entardecer na praia do Tabuleiro

             Nas próximas postagens do meu blog, estarei discutindo o que chamo de temas para um planejamento socioambiental responsável, tal como é anunciado no título geral dessa proposta de discussão e reflexões sobre e para bem pensar, agir e viver em nosso município. Em linhas gerais, as preocupações socioambientais não dizem respeito apenas às questões que envolvem o meio ambiente numa lógica naturalista e, nesse contexto, preocupado só com um olhar sobre e para a natureza ou os bens naturais que configuram o território e a espacialidade geográfica de Barra Velha. Pelo contrário, numa concepção relacional colocam-se, nesse enfoque, as relações naturais com as humanas em sentido de um entendimento integrado das formas de interdependência entre o viver humano e os bens naturais que fazem parte da estrutura e da organização socioambiental onde este vive. Assim, ao pensarmos Barra Velha na ótica do conjunto e das relações entre ambiente e vida, natural e social, estaremos tratando de aspectos como os que estão propostos nas dez temáticas relacionadas, a seguir:



1.      Turismo equilibrado;


2.      Sustentabilidade econômica e política;

3.      Investimento consciente com, na e para a sociobiodiversidade;

4.      Estabelecimento de parcerias-forças;

5.      Potencialização das características e perfis urbano e rural;

6.      Qualificação e divulgação ética da imagem do município/cidade;

7.      Gestão emancipatória - para além da ótica do gerenciamento dos planos e metas de desenvolvimento;

8.      Política própria de avaliação do desenvolvimento territorial e humano;

9.      Ações integrativas e de coexistência entre os poderes;

10. Consolidação das demandas socioambientais e produção da FIB – Felicidade Interna Bruta. 
            


             Essas temáticas poderão, conforme o enfoque a ser dado, se desdobrar em outras subtemáticas que, a meu ver estão em relação com contextos, escolhas, modos de fazer, ver, entender e comprometer-se com os resultados e alcances do que se pretende intencionalmente para o bem de Barra Velha. Essa proposta reflexiva para o blog, caminha na direção de se pensar conjuntamente, a qualificação da vida e dos modos de vivê-la no espaço/lugar que é Barra Velha.
            Na próxima postagem estarei tratando do primeiro tema. Uma pergunta já se coloca para pensarmos juntos: O que seria e como se definiria, em relação à Barra Velha, um turismo equilibrado? Vamos pensar? A tentativa e o exercício que se seguirá, será colocar essa discussão no contexto do pensamento socioambiental que não separa as dimensões sociais, econômicas, políticas, culturais, históricas das dimensões naturais, ambientais, ecológicas, analisando nesse contexto, as viabilidades de viver de forma sustentável e na busca do equilíbrio entre as relações humanas e suas intervenções no meio.
            Barra Velha é nosso lugar comum, por isso, nossa responsabilidade. Não se pode pensar o futuro da cidade ou do município como uma prática individualista e egocêntrica. Para longe dessa perspectiva, o que temos que entender é que, em nos considerando habitantes e pertencentes a esse espaço/lugar, nosso futuro é comum e só poderá ser bem perspectivado se nos colocarmos de forma consciente e prudente no hoje – o que é e pode ser Barra Velha no presente.


NOGUEIRA, Valdir
Obs. As reproduções das ideias nessas discussões temáticas só serão concedidas via concessão do autor.  
nogueira.ufsm@hotmail.com 


2 comentários:

  1. As temáticas, Valdir, que você está propondo discutir, com foco num planejamento responsável, são importantes, na medida em que vão propiciar a reflexão no rumo da racionalidade socioambiental,a qual se opõe à racionalidade economicista. A racionalidade socioambiental tem como critério básico a qualidade de vida - o bem-estar da população - e implica uma outra (re)orientação dos procesos de produção e consumo, integradora das dinâmicas ecológicas (potencialidades e limites da natureza) e socioculturais (saberes, práticas de vida e criatividade locais). Tal racionalidade é fundamental para o desencadeamento de um turismo equilibrado, o qual vai corroborar o desenvolvimento do lugar, no caso Barra Velha, que tem ótimo aproveitamento turístico natural e cultural.

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  2. Isso mesmo, Sônia! É com essa intenção que se pode pensar em um desenvolvimento local saudável e voltado a qualificação da vida em todas as suas dimensões. Obrigado por estar participando e ajudando a bem-pensar essa proposta. Abraços,
    Valdir

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