O amadorismo na gestão do trânsito em Barra Velha mostra, contundentemente, o descaso com o dinheiro público. O desrespeito com a contribuição do cidadão barravelhense. Exige-se e briga-se na justiça para que se efetive o valor a ser cobrado e pago pelo imposto de renda – o que deveria e deve implicar em desenvolvimento da cidade – no entanto, o que se percebeu com as pseudoreformas foram os gastos desnecessários com mão de obra e artefatos de sinalização que estão sendo retirados das vias públicas que voltam a funcionar no formato anterior à mudança realizada.
Será que não se poderia, antes, fazer croquis e mapas provisórios visualizando-se o que se provocaria e no que resultaria tal mudança? Será que não se poderia desenvolver análises de perspectiva em sentido de se perceber se tal finalidade seria efetiva ou deveria ser descartada? O planejamento serve para isso. Serve para se prever, perceber, antever, organizar, detalhar, estruturar, enfim, dar direcionamentos que, no mínimo, evitem tais desperdícios.
Barra Velha passa por uma experiência estranha de gestão em muitos dos seus segmentos. Parece que a cidade se tornou palco ou laboratório de experimentos em que muito pouco se apresenta em termos de resultados satisfatórios. Em um laboratório, estudam-se várias possibilidades até que uma seja a mais assertiva. Mas isso não pode acontecer no contexto de um ambiente público. Por isso, as cartas, os mapas, as plantas, os croquis, os desenhos, as projeções são elementos que ajudam no sentido de se encontrar um caminho que seja favorável e que alavanque o desenvolvimento socioambiental de um contexto municipal ou de uma cidade.
Fico impressionado com o que se faz com o dinheiro do povo. Como se fará a prestação de contas desses gastos? Colocam-se placas, desvios, mudam-se as rotas, utiliza-se de tintas, de combustível, e muito mais. Tudo isso em vão? O que falta para se fazer um trabalho cuidadoso e competente no contexto dessa cidade? Barra Velha tem uma beleza sociocultural e socioambiental únicas. É uma cidade linda e merecia, pelos menos, cuidado na forma de fazer as melhorias.
O que se constata in locu, é que, pensar um pouco, ou refletir cuidadosamente sobre as ações poderia, no mínimo, evitar exageros e atitudes precipitadas e pouco ajustadas à dinâmica da cidade. Nessa direção, entendo a urgência de uma gestão compartilhada e prudente quando se trata de mudanças ou transformações no ambiente de vida das pessoas. Mas para que isso aconteça é preciso, primeiramente, que se reformem os pensamentos e depois as instituições. Em outras palavras, é preciso aprender a pensar, como enfatiza Edgar Morin. Enquanto isso não se concretiza, vive-se um faz de conta em termos de mudanças consistentes, seja na gestão do trânsito ou em outras instâncias. O que significa essa mudança? Muda o quê? Muda para quem? O Saber-Pensar, enquanto exercício político faz bem e ajuda no processo de desenvolvimento humano e social.

Me coloca de secretario de transito ou de obras que vai pra frente! Pior que ta não fica..haha
ResponderExcluirPois é! Me pergunto: com base em quais critérios são definidos os secretários ou as pessoas que assumem essas responsabilidades? Enquanto se faz de qualquer forma, quem paga o preço pelas más escolhas somos todos nós. Barra Velha pode ser uma das cidades mais bem organizadas e desenvolvidas. Não é uma cidade de grande porte, por isso, poderia ser cuidada como uma jóia rara. Quem viaja pela Alemanha, principalmente a região da Bavária, percebe que aquelas pequenas cidades são comparadas a lindos jardins. São muito bem administradas. Quem as visita, sente vontade de voltar sempre. Tomara que nossa cidade, um dia se torne um lindo jardim, praias e natureza para isso ela já tem. Falta é coragem e ousadia para fazer o melhor. Então, para que não fique pior, os critérios e indicadores de qualidade no trabalho são fundamentais.
ResponderExcluirObrigado por participar do blog, dando sua opinião e fazendo-nos pensar um pouco mais. Valeu Juninho.
Valdir